


Sin volver la vista atrás el verano se convierte en dulce y prolongado ocaso de agua y roca.
Qué digo? Acaso la mirada no se queda prendida en el horizonte amable de la lejana juventud?
Todo en derredor es como una caricia interminable que comenzó en la infancia y dura, perdura imborrable en la memoria.
Y continúa cada año la misma sensación de placentero devenir. Los mismos caminos, las mismas sendas. Las moras enzarzadas entre mis dedos. El dulce sabor en los labios. Los pies acostumbrados a saltar sobre las aristas de las rocas, ariscas e indomables.
Nada cambia. Sólo el descenso imperturbable del agua, el ascender del tiempo. Mi tiempo.
3 comentarios:
Olá Concha.
Poe aqui ando cansado e um pouco perdido.
FRuto talvez do desgaste dos anos e deste mundo louco que vivemos.
Estou mesmo a precisar de ir até al meu nordeste, mas só, para reflectir.
Talvez lá para o fim de setembro te faça uma visita.
Até lá, goza esses ambientes que transcorrem dessas tuas magníficas fotografias, dessa paz quasi inincontrável.
Lindo, lindo e lindo... Que sorte tens, minha amiga, com esse rio maravilhoso por perto...
Ter um Pégaso ajaezado sempre à porta ou, como o deus do tempo, quatro asas, e a faculdade de voar na brisa morna, bebendo da madrugada as doces memórias, e regressar ao presente com um sorriso nos lábios; e, num regresso de andorinhas e flores, renovar assim o ciclo, recebendo, numa cadência de mar e de sol, as deliciosas recordações suspensas do tempo e dos ventos frescos da juventude e da infância.
Belo e pleno de doce nostalgia o que aqui nos trazes, amiga.
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