



Sí, ya sé, ya sé que los fados se cantan en las cantinas y en las tabernas de Aveiro o de Lisboa. Eso es lo que yo sé. Y en ambas ciudades escuché arrobada, en medio del silencio, voces que hablaban del amor y del dolor, de la dicha y de la angustia.
Pero los fados también se interpretan aquí, en Zamora, junto al Duero duradero que cantara Claudio Rodríguez, junto a aquél Duero de Gerardo Diego al que "nadie a acompañarle baja".
El Duero está ahora tan acompañado que hasta el fado portugués quiere besar sus aguas.
Ecos y voces de Portugal con nombres propios como Gonzalo Salgueiro o Antonio Chainho y el Grupo Novas Voces de Fado Antigo, nos han hecho estremecer ante el ábside del Convento de San Francisco, sede de la Fundación Rei Afonso Henriques.
Y todo, junto al Duero.
Va por vosotros, portugueses. Mi fado.
Fado es dolor
y angustia.
Es lluvia
y viento.
Fado el música
brisa en la mañana.
Es el alma que habla
el oído que escucha.
Fado es guitarra
y quimera.
Fado es fuego,
canela pura.
Fado es rabia
y es dulzura.
Fado son los ojos
que no ven
los que miran.
las manos que acarician
los besos que se pierden.
Fado es saudade
y es nostalgia.
Fado eres tú
soy yo.
8 comentarios:
Adorei as fotos. Tu tens um jeito especial para captar momentos especiais. E o fado, como diz o Travessias, é a nossa canção. Monumento nacional quase. Qundo bem interpretado - lindíssimo. Aí com esse belo cenário trenho a certeza que foi um momento inesquecível.
Beijos para ti de mim, de Lisboa e do Tejo.
Lindas iamgens e um belo momento de FADO!
Fado é bem Português e dele tu tens dentro de ti a saudade, a tristeza, a felecidade, o encantamento, os amores e desamores.
Um grande e bom fim de semana
Um beijinho com cheiro a FADO
Daniela
Cada um tem o seu fado. Todos temos o nosso fado.
O Fado não tem tradução. É como a saudade. E o destino não é sinónimo de fado nem melancolia de saudade.
O Fado nasceu em Lisboa e passou por Coimbra. Canta-se por todo o país. Nem sempre bem. Nem sempre mal. Amália Rodrigues sempre foi a voz, uma referância no Fado.
"Eu sou o Fado de Lisboa, embora tenha um primo que estudou em Coimbra, que se veste de capa e batina, que se chama Balada."
As tuas fotografias são sempre notavéis. Bom fim-de-semana, amiga.
``Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intencão e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa''
Soneto contido no Fado Tropical
(Chico Buarque - Ruy Guerra/1972-1973
para a peça Calabarr)
o meu preferido.
pode ser escutado aqui:
http://www.anos60.com/brasil/chico_buarque/tropical.htm
O Fado é tudo o que tu escreveste.
Sempre que oiço Fado emociono-me. A Mariza, uma das nossas fadistas, vai estar em Bragança, bem perto de ti, no início de Agosto.
Tem uma óptima semana.
Bonito, o teu poema, que descreve muito bem o que é o fado.
Li, num comentário na Fraga, que não conseguiste abrir a página do Chico Buarque, na qual o "Fado Tropical" se encontra sensivelmente a meio da lista de canções.
Mesmo fazendo o "copy" do endereço e colocando-o num motor de busca (Google, por exemplo)?
Conseguirás ouvir este fado-poema, escrito pelo poeta Ary dos Santos e cantado pelo fadista Carlos do Carmo?
http://www.hddweb.com/71048/Carlos_do_Carmo_-_Estrela_da_Tarde,_de_Ary_dos_Santos.wma
Nota: é necessário fazer o "copy" até aos espaços aparentemente vazios que se seguem à palavra "Santos", para que apareça o que falta e está escondido, ou seja, o formato ".wma" :)
Se quando eu por aí passar me encontres um violão também eu vos cantarei um belo fado
Sempre o fado...
Publicar un comentario